“Tu és Pedro e sobre essa pedra edificarei minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” Palavras do Cristo que inspiraram a Igreja de Roma a propagar ao mundo que “a sua” era a verdadeira igreja.
Porém, de acordo com um dos maiores doutores da própria Igreja de Roma, Santo Agostinho, até o século V da nossa era, essas palavras “Tu és Pedro …” não se referiam à pessoa humana do apóstolo, mas sim, à confissão que Pedro fizera da divindade de Jesus:
“Tu és o Cristo, filho do Deus Vivo”, declarou Pedro.
A confissão da divindade do Cristo, diz Agostinho, é a pedra fundamental da Igreja. O próprio Agostinho diz ainda que a pessoa de Pedro, chamada por Jesus de carne e sangue, não podia ser a pedra fundamental da igreja. Até mesmo porque, em outras passagens do evangelho, Jesus chama Pedro de Satanás, por ter pensamentos humanos, e não, divinos. Nesse caso, essa igreja seria uma igreja de Satanás e não do Cristo.
A pedra fundamental da Igreja é a divindade do Cristo. Esse foi o axioma sempre defendido pelos gnósticos dos primeiros séculos. Sabiam (sabem) os gnósticos, até hoje, que não existe, nem pode haver, verdadeira igreja fora do Cristo.
Detalhes como esse sempre foram motivos de terríveis discordâncias nos concílios do passado. Olhando esses tempos antigos e esses comportamentos, com os olhos da época atual, torna-se risível e terrivelmente patética toda essa situação.
Diz Samael Aun Weor: “A Igreja do Cristo não é deste mundo. Ele mesmo disse que “meu reino não é deste mundo”. No nome do Deus Vivo (o Cristo) há uma igreja, invisível aos olhos da carne, mas visível para os olhos da alma e do espírito. Esta é a Igreja Gnóstica primitiva, à qual pertencem o Cristo e os Profetas.
Essa igreja tem seus bispos, apóstolos, diáconos e sacerdotes, que oficiam no altar do Deus Vivo. O Patriarca dessa igreja invisível é Jesus, o Cristo. A essa igreja podem ir todos os cristãos em alma e em espírito [viagem astral]. Todos podem visitar a Santa Igreja Gnóstica. Às quintas-feiras e aos domingos, pela aurora, realizam-se as missas e as comunhões, e todos os cristãos podem assistir e receber a comunhão do pão e do vinho.
“… Na Igreja Gnóstica, vemos o Cristo sentado em seu trono, onde podemos conversar com ele pessoalmente”. (Do livro A Virgem do Carmo, cap. VIII, pág. 20 e 21).
Autor: Monsenhor Karl Bunn
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