quarta-feira, 7 de junho de 2017

Os Mestres de Serra Nevada

Quem vê hoje o Movimento Gnóstico espalhado pelo mundo, com milhares de centros, escolas, grupos, associações, nem sempre se dá conta ou tem consciência de como foi o começo. Em outros textos, aqui neste Portal, você encontra mais informações a respeito; agora, aqui, queremos destacar um dos mais importantes aspectos dessa história inicial: a construção do Summum Supremum Sanctuarium pelos primeiros discípulos do então jovem Mestre Aun Weor na Serra Nevada de Santa Marta, localizado próximo ao Mar do Caribe, onde a Cordilheira dos Andes tem suas últimas montanhas.
Nas palavras do próprio Mestre Samael, ditas no Congresso de Guadalajara em 1976 a Julio Martinez, “foi com esses homens que formei o Movimento Gnóstico”. E não foram muitos os que viveram nessa região, tendo iniciado em meados de 1952. De forma permanente, nos começos, ali residiam cerca de 14 pessoas adultas, entre homens e mulheres (mais as crianças). Quando havia algum evento ou reunião maior, acorriam ao SSS algumas dezenas, que viviam nas cidades próximas, e alguns, até mesmo vinham de cidades distantes.
Segundo relata Julio Medina Vizcaino (VM Gargha Kuichines), o primeiro discípulo de Aun Weor, “foram os irmãos Hortua que fizeram o convite para o Mestre Aun Weor ir conhecer essas terras virgens de espessas montanhas, com abundantes rios e remansos aquáticos. Então, Aun Weor subiu às montanhas em meados de 1952, e ali conheceu outros vizinhos dos Hortua, como Pedro López Lindo, seu irmão Celestino Lopez Lindo e suas respectivas famílias; e também os amigos dos Lindo: Demetrio, Joaquim e Ignacio Amortegui Valbuena; conheceu ainda Epifanio Beltrán, Carlos Jiménez, Julio Martínez (na época com menos de 16 anos de idade e ainda vivo em nossos dias), Filadelfo Novoa, Casimiro Güete, dentre outros”.
O Mestre, depois, (em agosto) aceitou o convite dos Hortua e foi viver em Serra Nevada, onde permaneceu até os começos de 1955, quando, por instrução interna, teve que abandonar o país devido às perseguições movidas pela igreja católica e pelos médicos. Ao chegar ao alto da montanha Aun Weor encontrou já uma cabana pronta que Hortua e seus vizinhos haviam construído para ele e sua família.
Nesse período, entre 1952 e 1954, bastava Aun Weor descer a montanha para ser preso, sob qualquer acusação; e Júlio Medina sempre tinha que ir libertá-lo, as vezes com mandado judicial. Foi durante uma dessas prisões que Aun Weor escreveu seu livro Diário Secreto de um Guru. Foi ainda durante sua permanência em Serra Nevada que Aun Weor escreveu seu livro Medicina Oculta, resultado de dois anos de pesquisas e investigações das plantas da região.
O acesso ao SSS era muito difícil; eram necessárias cerca de 8 horas para subir a montanha, até chegar ao local. Tudo que lá era utilizado ou necessário, era transportado nos ombros daqueles que ali viviam ou para ali acorriam. Essa natural dificuldade oferecia, ao mesmo tempo, forte proteção ao Mestre Aun Weor, pois muitas expedições enviadas para prendê-lo, malogravam. Conta Julio Medina que certa ocasião, uma dessas expedições ficou presa entre dois caudalosos rios, devido a uma forte (e misteriosa) tempestade, fazendo com que nem pudessem avançar nem retroceder por 2 dias.
O dia a dia em Serra Nevada era duríssimo. A comida era escassa e totalmente vegetariana; ninguém tinha recursos para comprar nada; vivia-se do que ali era plantado ou comprado nos povoados da planície. O templo subterrâneo do SSS foi escavado com pá e picareta por esses poucos voluntários, ao longo dos anos. Primeiro foi aberta uma área de 4 x 3 metros, que abrigava pouquíssima gente. Depois, foi ampliada a área do templo para 14 x 6 metros. Por conta disso, o teto começou a desmoronar devido ao peso da terra e à falta de estrutura para segurá-lo. Isso ocorreu porque nenhum dos engenheiros que haviam se comprometido a fazer um projeto estrutural cumpriu a palavra. A solução veio por meio de uma visão de Ignacio Amortegui Valbuena, pessoa simples e destituída de qualquer cultura ou escolaridade; toscamente desenhou num papel o que havia visto em visão de sonhos. Só bem mais tarde foi possível fazer um teto de concreto sobre o qual foi depositada a terra removida anteriormente e foram plantados pequenos arbustos. Todo o cimento, ferro, areia, foi levado montanha acima nos ombros dos moradores locais. Não sem razão o jovem Mestre os chamava de “pequenos titãs”.
Além do templo, foram erigidas algumas casas, que, em verdade eram cabanas rústicas, cobertas de folhas de palmeira; serviam de abrigo para aqueles que ali viviam, tudo edificado a mão, com troncos cortados da selva adjacente. Em paralelo à construção do templo e das cabanas, o jovem Mestre Aun Weor impôs uma terrível disciplina mística ou monástica aos que ali viviam e trabalhavam. Todas as noites havia aulas e instrução. Muitos chegavam a dormir nas aulas devido ao cansaço dos pesados e extenuantes trabalhos diários e a alimentação muito pobre e escassa… Quando isso ocorria, o Mestre dispensava a todos com palavras jocosas ou bem humoradas…
Cada um ali era acompanhado espiritualmente direta e pessoalmente pelo Mestre, de modo que o avanço interno era visível e notável. Houve um tempo em que o Mestre pediu que fosse realizada uma cadeia ou corrente de orações e pedidos de forma permanente, por causa dos ataques dos irmãos das sombras e das peerseguições movidas contra a obra e as pessoas que ali viviam. Essa cadeia perdurou, sem nunca ter sido quebrada, por dois anos (2 anos). Os turnos que cabiam a cada irmão/irmã variavam de 3 a 6 horas diárias, dia e noite, sem nunca interromper. Por falta de gente, quando necessário, até mesmo crianças de 8, 9 ou 10 anos turnavam entre si para manter inquebrável essa cadeia, independente de ser dia ou noite.
As cadeias eram realizadas numa espécie de santuário junto ao pequeno templo do SSS, ainda em construção. Para piorar, havia uma razoável distância (800 metros)entre o templo e as casas onde viviam os discípulos com suas famílias. O percurso era feito agarrando-se a árvores e cipós; só mais tarde é que foi aberto outro caminho, coberto, com cerca de 200 metros de distância. Como a região era (é) muito chuvosa, sempre ocorriam fortes e inesperadas  tempestades que formavam riachos com a água da chuva que descia da montanha em forte correnteza, fora a existência de cobras, aranhas e insetos peçonhentos. Isso era especialmente difícil na realização das cadeias quando mudavam os turnos da noite, pois a distância entre as casas e o templo era percorrida no escuro, com lua ou sem lua; com ou sem chuvas e tempestades.
Mas nada disso impediu que o trabalho prosseguisse, como, de fato, avançou. Concluída a etapa de construção do templo, a ampliação das casas para os moradores locais e para hospedagem de visitantes, com a saída do Mestre da Colômbia rumo ao México, por muitíssimos anos ali funcionou não só o Templo Maior como também a Escola de Formação de Missionários. Em 1976 veio a Ordem Superior para o SSS fosse recolhido. Então, fisicamente, em nosso mundo, as instalações ainda permaneceram, mas interna ou espiritualmente, o templo foi ou passou a ser recolhido a partir desse ano de 1976.
Toda essa disciplina espiritual e todo o trabalho que ali era desenvolvido geravam muita força espiritual, fazendo com que muitos boddhisattwas fossem atraídos pela grandiosa missão de forjar e de fazer parte do Movimento Gnóstico. Vários deles, cada qual no seu devido tempo, foram morar em Serra Nevada, ali vivendo por maior ou menor tempo; outros, apenas compareciam ocasionalmente ao local, enquanto realizavam e prosseguiam com o trabalho de formar grupos em diversos Departamentos (Estados).
A maioria desses boddhisattwas era formada de pessoas muito humildes e pobres. Todos deviam pesados karmas de vidas anteriores. Aqueles que aceitavam de bom grado as instruções e orientações do Mestre Aun Weor, avançavam de forma surpreendente. Outros, pelas pesadas dívidas de vidas passadas, tardavam bem mais para receber qualquer grau interno, ou mesmo, simplesmente, ser aceito na Via Iniciática. Não há muita informação disponível a respeito desses ‘pequenos titãs’ dos primeiros tempos. Ainda assim, aqui publicamos resumidamente o que pudemos reunir e coletar ao longo de nossa própria trajetória, a partir de que entramos nas filas do Movimento Gnóstico em 1973, junto aos contatos que fomos criando e desenvolvendo com muitos irmãos de diversos países.
Nenhum de nossos comentários têm aqui qualquer ânimo de crítica ou julgamento, contra quem quer que seja. No entanto, não podemos omitir ou alterar a realidade dos fatos ocorridos, segundo as fontes disponíveis. Como narra Julio Medina em sua História da Gnose, “desde o começo de nosso trabalho, tivemos que enfrentar múltiplos ataques dos tenebrosos e dos rebeldes. Os primeiros ataques foram das Escolas Espiritualistas colombianas da época. Depois, à medida que o Movimento Gnóstico crescia e tomava corpo, começaram a surgir os traidores do Movimento”.
Segundo consta no livro História da Gnose, o primeiro traidor foi o boddhisatwa do V.M. Sum Sum Dum (José Avendaño que numa encarnação antiga fora Joana D´Arc); este desobedeceu ao Mestre Aun Weor no Templo. Mais tarde, o Mestre Interno (Sum Sum Dum) pediu outro corpo e então lhe foi dado corpo de mulher, Yolanda de la Hoz, sobrinha do próprio Julio Medina. Em resumo, esse boddhisattwa fracassou nesse seu retorno, não tendo se re-unido com seu próprio Ser.
Depois, em Cali, surgiu o Mestre Johani, internamente um Iniciado de Sétima Maior que também se rebelou contra Aun Weor. Seu processo para despertar foi direto; seu boddhisattwa, Enrique Benar, despertou no Templo da Serra Nevada, e ali se deu conta de seu Real Ser que havia encarnado no passado como João de Patmos, autor do Apocalipse. Tendo despertado sem os requisitos de conquistar as Iniciações passo a passo aqui neste mundo, se deu conta que na época era de maior Grau Esotérico que Aun Weor, que estava vivendo e repassando suas Iniciações passo a passo em carne e osso neste mundo e que então se encontrava apenas na Segunda Maior.
E aqui nos deparamos com duas versões, dadas a conhecer por duas fontes. Segundo Julio Medina, o Mestre Johani quis ser o dirigente de Aquário e pediu ao Mestre Aun Weor que entregasse a ele o exército já formado, para ele (Johani) seguir à frente como comandante geral. Por sua vez, a outra fonte, Julio Martínez, comenta que, sendo Johani um grande clarividente, conhecia a vida íntima de cada um dos seus estudantes, e assim acabou escrevendo e publicando alguns comentários acusatórios contra a esposa de Aun Weor, além de manifestar algumas discordâncias sobre a forma de Aun Weor conduzir sua missão. O fato concreto é que depois (1954) Enrique Benar se afastou de Aun Weor com todo o grupo de 90 estudantes que formara em Cali.
Na sequencia, Aun Weor enviou Julio Medina a essa cidade para formar novo grupo, tendo triunfado nessa missão, enquanto que Benar viu seu grupo ser dissolvido com o passar do tempo. Bem mais tarde no tempo, internamente Johani e Aun Weor voltaram a se reconciliar…
Outro que teve trajetória similar, segundo relata Julio Medina, “surgiu o V.M. Sanfragarata, no Quindio, Calarca; esse boddhisatwa se rebelou com mais de mil seguidores. Para lá foi novamente, por ordem da Venerável Loja Branca, o Venerável Mestre Gargha Kuichines (Julio Medina) a restabelecer a ordem; caiu em desgraça o boddhisattwa de Sanfragarata, que acabou se unindo a um espírita chegado da Índia, Bapack Subub; este dirigente chegou a Cali e levou mais de 500 estudantes de gnose do grande guerreiro do Quindio, os quais, com seu chefe, caíram sem se darem conta do engano cometido (por seguirem homens)”.
No dia 27 de outubro de 1954, ocorreu o advento de Samael no boddhisattwa de Aun Weor. Descreve Julio Medina: “Às duas da tarde os irmãos do Templo, mais 11 Mestres de Mistérios Menores e Maiores, nos reunimos com Aun Weor. O Mestre Aun Weor foi deitado sobre uma mesa dura, fizemos uma grande cadeia ao seu redor e em pouco tempo tanto o Mestre Aun Weor como os que o defendíamos, começamos a receber ataques de todo tipo. O Iniciado de maior grau era Johani (Henrique Benar). Quando os ataques recrudesceram, Johani ordenou aos Mestres presentes esgrimir as espadas ritualísticas, e assim fizemos”.
“A cerimônia durou 4 horas; no seu transcurso, o Mestre Aun Weor ficou como morto; isso encheu de terror a todos os que presenciamos o evento. Uma grande tensão nervosa nos sacudia a todos; as forças tenebrosas cobriram com vendas negras vários membros da cadeia, para que não pudessem ver nem trazer recordações”.
“Ao fim, depois de 4 horas de luta, o corpo do Mestre se moveu sobre a mesa, e assim ocorreu o Advento de Samael no corpo do seu boddhisattwa. (Detalhes de todo esse processo espiritual somente foram vistos pelos clarividentes ali presentes.) Mas todos sentimos grande alegria e gritamos simultaneamente: ‘Triunfamos, triunfamos’!”
“Nos mundos internos escutava-se música inefável, e sons de sinos anunciavam o Advento. Quando o Mestre despertou, perguntou: “Onde me encontro?” E depois disse: “Me sinto duplo, que aconteceu?” – e sacudia a cabeça”.
“A partir desse dia notamos maior lucidez em suas idéias e conceitos. Algo grandioso havia sucedido em todo seu Ser. Por isso, hoje celebramos com grande regozijo esta data magna, 27 de outubro, para que os povos da Terra recordem a data do Advento do Novo Redentor, do Quinto Anjo do Apocalipse, do Avatar de Aquário”.
Estes foram os irmãos e boddhisattwas que estiveram presentes e testemunharam o advento de Samael em Serra Nevada (nem todos os presentes ao evento na época estão aqui mencionados):
  1. Arnolda Garro Mora de Gómez (VM Litelantes)
  2. Julio Medina Vizcaino (VM Gargha Kuichines)
  3. Enrique Benard (VM Johani, que dirigiu todo o processo)
  4. José Avendaño (VM Sum Sum Dum)
  5. Nereo Ospina (VM Andrés)
  6. Rafael Romero Cortés (VM Kefrén)
  7. Casimiro Güete (VM Jonas)
  8. Celestino Lopez Lindo (VM Kristón)
  9. Joaquim Amortegui (VM Rabolu)
  10. Juan Sanches (VM Zankario Correnza)
  11. Filadelfo Novoa (VM Sabaoth)
  12. Hernando Recio Guarin (VM Paconder)
  13. David Valencia (VM Safragarata)
  14. Casimiro Guete (VM Jonas)
Para um maior aprofundamento, recomendamos: Os Quatro Mestres de Aquário

Igreja Iniciática

A IGREJA INICIÁTICA GNÓSTICA. 
Nossa Igreja Gnóstica está localizada no Astral. Seu templo é um Templo de Iniciações. Esta é a Igreja a qual pertenceu o divino rabi da Galiléia e procede dos Mistérios. Estes Mistérios Sagrados foram instituídos pelos anjos.
A Igreja Gnóstica é a autêntica igreja primitiva, a verdadeira igreja cristã, a qual pertenceram os primeiros santos da igreja católica, que nessa época, era gnóstica-católica. Essa é a primeira e antiga igreja de nosso Senhor Jesus Cristo, a qual conserva todos os ensinamentos secretos do Mestre.
A ela pertenceu o patriarca Basílides, famoso alquimista que deixou um livro de chumbo com sete páginas e que está no Museu de Kircher, no Vaticano – livro esse que, naturalmente, os arqueólogos não puderam entender, porque lhes falta conhecer a ciência oculta. Basílides foi discípulo de São Matias.
A ela pertenceram Saturnino de Antióquia, famoso cabalista; Carpócrates (que fundou muitos conventos na Espanha); Marcião do Ponto, São Tomás, Valentim, Santo Agostinho, Tertuliano, Santo Ambrósio, Irênio, Hipólito, Epifânio, Clemente de Alexandria e Marcos (que cuidou da santa unção e nos deixou ensinamentos extraordinários sobre o caminho das forças seminais através das doze portas de nosso corpo).
A ela pertenceram Cerdão, Empédocles, São Jerônimo e muitos outros grandes santos da igreja católica romana.
Não estou de acordo com o Mestre Huiracocha – e com o maior respeito lhe digo – quando diz que nossa Igreja tem somente três sacramentos, chamados batismo, eucaristia e extrema-unção. Como Iniciado da Igreja Gnóstica afirmo que nossa Igreja tem estabelecido também o principal de seus santos sacramentos, que é o do matrimônio.
Nesse sacramento a mulher se reveste com o traje de sacerdotisa da Igreja Gnóstica a qual é entregue como esposa-sacerdotisa a seu marido. Nisso, oficiam os veneráveis Mestres da Loja Branca, e ela vem a ser a digna esposa por meio da qual se alcança o despertar de Kundalini e da Alta Iniciação. Esse é o Matrimônio Perfeito.
A Igreja Gnóstica dá mais importância ao Cristo que a qualquer outro fundador de religião. Isso é devido a que dentre o Divino Mestre e os demais fundadores de religiões houve uma grande diferença, e essa diferença foi a Ressurreição. Nem Maomé, nem Confúcio, nem Lao-Tsé ressuscitaram; Buddha, o Grande Amitaba, tampouco ressuscitou. Todos eles terminaram em nosso mundo físico e a sua ressurreição foi somente para os mundos internos, ao se reunirem com seus Íntimos. Só o Corpo Astral do Cristo regressou e se perpetuou com todas as forças. E esse Astral, por meio do éter químico, faz crescer as plantas e as sementes, ficando encerrado na semente. Essa essência do Cristo é o que oferecemos na unção eucarística.
Assim, o Cristo segue dando vida a tudo que existe; sua ressurreição foi perfeita, e por isso é que a Santa Igreja Gnóstica dá mais importância ao Cristo que aos demais fundadores de religiões. O Cristo, para nós, gnósticos, é um fato cósmico-biológico de grande importância. Por isso é que falamos do Cristo Cósmico, do Cristo Histórico e do Cristo Líquido. É que o Cristo, cujo verdadeiro nome é Maitreya, é uma potência do universo, cuja aura já está produzindo grandes fenômenos na atmosfera de nosso planeta.
Nossa Igreja Gnóstica, localizada no Astral, oficia constantemente, e os Iniciados concorrem ao “Pretor” durante o qual recebem a sagrada unção eucarística. Muitos desses Iniciados comparecem em corpo astral, e outros, em corpo físico em “estado de Jinas”, e assim recebem a santa unção.
O sacerdote Iniciado percebe, em estado de êxtase, a substância do Cristo e, ao operar pela magia, transmite sua própria influência ao pão e ao vinho, despertando a substância do Cristo que ali se encontra para que ela atue dentro de nossos corpos físico e astral.
O sacerdote usa três vestes superpostas e um barrete. As três vestes representam os nossos três corpos: físico, astral e espiritual; o barrete simboliza que é homem. Quando predica, cobre a cabeça como para dizer que só expressa opiniões pessoais.
O altar simboliza a terra; o pé do cálice simboliza a planta; e o cálice, a flor. Isso significa que a substância do Cristo penetra em toda a natureza e faz crescer o talo, dar a espiga e finalmente se materializa no grão.
Formado o grão, o resto morre. Dentro desse poder do trigo fica toda a substância Cristo, a qual vem a dar vida a todo nosso corpo. Se não fosse por essa substância do Cristo em nós, seria impossível viver. O sol é a base de tudo.
O mesmo ocorre com o vinho. Na uva está encerrada a vida do Cristo-Sol, que ingerimos com a santa unção.
“Epifania” significa “manifestação” ou “revelação” ou a ascensão do Cristo em nós. Isso obtemos com a santa unção e com a magia sexual.
Dietrich, o grande teólogo, diz que para achar o “religare” ou a união com a divindade é preciso fazê-lo por meio destas quatro vias:
1. Receber a Deus (eucaristia)
2. União amorosa (magia sexual)
3. Amor filial (sentir-se filho de Deus)
4. Morte e reencarnação
Esses quatro caminhos vive integralmente o gnóstico.
À Santa Igreja Gnóstica, situada no Astral, pode comparecer a humanidade inteira. Ali se oficia às sextas-feiras e aos domingos pela manhã ou quando se necessita fazer algo em favor da humanidade. Muitos acorrem ao Pretor em corpo astral; outros, com o corpo físico em estado de jinas.
Naturalmente para acorrer ao pretor é preciso aprender a viajar em astral; quem quiser ir em jinas, deve aprender a sair com o corpo físico em jinas. Para tanto, é preciso que o discípulo tenha fé e tenacidade. Muitos aprendem isso no mesmo dia; outros, levam meses e até anos inteiros. Tudo depende da evolução de cada um.
O segredo para sair em corpo astral é muito simples: Bastar adormecer pronunciando o poderoso mantra, ou seja, a palavra mágica Tai-re-re-re. A exata pontuação indica o modo da sua pronúncia.
Depois, quando estiver nesse estado de transição entre a vigília e o sono, mergulhará profundamente dentro de si por meio da reflexão; depois, suavemente se levantará de seu leito. Ato seguido, levantará vôo rumo à Igreja Gnóstica situada no astral.
O segredo para pôr o corpo físico em estado de jinas consiste em aproveitar o momento exato de estar despertando do sono normal para se levantar do leito cheio de poderosa fé e mantendo o sono. Depois, com fé e mais fé se encaminhará através do espaço rumo à Igreja Gnóstica. Toda análise, dúvida ou vacilação prejudicam o experimento. Isso é para ser feito nos instantes precisos de estar acordando ou de estar adormecendo, “conservando o sono”.
Muitos conseguem fazer no primeiro dia; outros levam anos inteiros para aprender. Como já foi dito, tudo depende do estado de evolução de cada um. O autor faz isso maravilhosamente bem, e a maior parte de seus discípulos já estão treinados nisso também.
Essas técnicas ensino aqui para que todos possam acorrer ao Pretor. Mas, bem sei que haverei de ser ridicularizado até mesmo por parte de certos “sabem-tudo” espiritualistas da Colômbia, mas, o imenso amor que sinto pela humanidade, me obriga a dar este ensinamento a todos os seres humanos.
Para muitos leitores, este livro é uma idiotice, uma enganação e nada mais que isso. Os preparados verão neste livro algo grandioso, sublime, extraordinário – porque aqui estão as chaves da Alta Iniciação.
Em nossa Igreja Gnóstica cultivamos fortemente o Íntimo e desenvolvemos robusta e poderosa cultura. Portanto, a zombaria de ninguém nos atinge.
Quando o corpo físico entra em estado de jinas, parece inchar ou encher-se momentaneamente enquanto atua dentro do plano Astral. Isso se deve a que as forças do astral penetram e invadem totalmente o corpo físico. Esta é uma espécie de sonambulismo voluntário e totalmente consciente.
Se os sonâmbulos soubessem algo dos estados jinas poderiam atuar a todo momento com seu corpo físico dentro desse plano. Bastaria “puxar” o corpo físico para dentro, para o astral. Inconscientemente o ego puxa o corpo físico para dentro, para o astral, graças a um átomo contido na “sela turca”.
Basta querer agir dentro do plano astral para que o subconsciente realize esse fenômeno. Era assim que Simão o mago conseguia flutuar no ar diante das atônitas multidões e permitiu que Jesus caminhasse sobre as águas do mar da Galiléia sem afundar. E foi assim também como os quatro Tronos trouxeram seus corpos físicos desde Vênus durante a época atlante.
Eu lamento muito que meus queridos irmãos teósofos e rosacruzes ignorem essas coisas tão simples e elementares, que qualquer velhinha humilde, popularmente chamada de “bruxa”, consegue fazer sem esforço.
Essas pessoas humildes no têm livros na cabeça, mas fazem mais prodígios que todos os irmãos rosacruzes e teósofos juntos. É que elas, em contato com a natureza, conservam essas maravilhosas faculdades que os homens das cidades danificaram pelas leituras, teorias e pela vida artificial que levam.
Porém, depois dessa digressão, necessária para esclarecer este capítulo, voltemos ao nosso ritual gnóstico. Quando o oficiante católico vai desde o lado da epístola para o lado do evangelho, para uns significa a ida de Jesus de Herodes a Pilatos; para outros, é a passagem dos gentios aos judeus. Mas, na realidade isso representa a passagem de um mundo para o outro depois do desencarne.
Nós, gnósticos, em cada estação usamos um hábito diferente.
No astral há anjos que trocam de posto constantemente em seu trabalho de ajudar a humanidade. Assim, temos o anjo Raphael na primavera; Uriel no verão, Miguel no outono e Gabriel no inverno. Todos esses acorrem ao pretor.
De todas as orações, a mais poderosa é o Pai Nosso. O gnóstico dá extrema importância a essa oração porque sabe que ela é uma grande oração mágica de grandioso poder.
Imaginação, inspiração e intuição são os três caminhos para a Iniciação. Diz o Mestre Huiracocha: Primeiro é preciso ver internamente as coisas espirituais; depois, escutar o verbo ou a palavra divina para ter nosso corpo espiritual preparado para a intuição.
Esta trindade se encontra nas três primeiras súplicas do Pai Nosso: “Santificado seja teu nome” quer dizer o verbo divino, o magnífico nome de Deus, a palavra creadora. “Venha a nós teu reino” quer dizer que com a pronúncia do verbo dos mantras vem o Pleroma, o reino divino. “Faça-se a tua vontade assim na terra como no céu” consiste na união com o Íntimo, ficando resolvido tudo.
Com essas três petições temos pedido tudo e se algum dia conseguirmos, seremos deuses, e por isso, já não necessitaremos pedir mais.
A Igreja Gnóstica é a religião da alegria e da beleza. Abrimos, pois, as portas a todos que quiserem assistir os nossos santos rituais durante os quais oficiam os Mestres.

Autor: Venerável Mestre Samael Aun Weor
Texto extraído e editado do Capítulo 7 do livro O MATRIMÔNIO PERFEITO DE KINDER, primeira edição de 1950.

A Sagrada Ordem de Melkisedeq


Melkisedeq pode ser traduzido como “Rei de Justiça” ou “Meu Rei é Justiça”. Também é denominado na Bíblia como “Rei de Salém” (talvez devido ao antigo nome dado a Jerusalém: ‘Uru-Salim’).
Como Sumo Sacerdote de Abraham (A+Brahman), Melkisedeq pode ser considerado o Progenitor das religiões brahmânicas e abrahmânicas (hinduísmo, judaísmo, cristianismo, islamismo).
Muitas são as linhagens sacerdotais que se declararam ou assumiram como pertencentes à Ordem de Melkisedeq.
Muitos historiadores acreditam que a passagem dos versículos 18-20 do Gênesis capítulo 14 foi inserida mais tarde para apoiar a ordenação de um não-levita, o rei David, como Sacerdote Supremo de Is-Ra-El.
No tempo de Abraão, Jerusalém era povoada pelos jebusitas, uma tribo cananita, muito provavelmente descendente de hititas e amoritas. Melkisedeq, nesse caso, como Sacerdote-Rei, era politeísta. As divindades Elyon e Zedek estão no panteão fenício-cananita. A tradução “Meu Rei é o Deus Zedek”, portanto, facilmente, torna-se “Meu Rei é Justiça”.
Se aprofundarmos ainda mais no terreno das mitologias antigas, a parte dos aspectos históricos, descobriremos laços bem mais interessantes. A palavra hebréia ‘salem’ significa ‘paz’. Temos aí então dois epítetos atribuídos a Melkisedeq: Rei de Justiça e Rei de Paz. No caso, quando se fala de Justiça, devemos entender que essa ‘Justiça’ deriva-se de ‘Retitude’;  só a prática da Retitude ou da Via Reta proporciona Justiça.
Kabalistas modernos relacionam Justiça-Retitude a Júpiter. E aqui temos que ter extrema atenção, pois, não se trata do planeta, e sim, da divindade que os romanos adoravam, e que, nem sempre, é bem compreendida. Quando trocamos o latino Jóvis + peter ou patar pelo equivalente grego Zeus – Pai dos Deuses – o entendimento fica mais fácil.
Isso, em sentido kabalístico, deve ser colocado desta forma: (Melkisedeq é o) jovem rei-sacerdote da Justiça e da Paz. E isso é a personificação da divina imagem ou reflexo de Chesed (cabeça do triângulo derivado da Coroa Sefirótica).
Concluindo, “para ser membro da Sagrada Ordem de Melkisedeq há necessidade de encarnar o Íntimo (Atman)”.
Para um maior aprofundamento, recomendamos: As Sagradas Linhagens de Sacerdotes e Religiões

As Sagradas Linhagens de Sacerdotes e Religiões

Os Ungidos por Deus criam religiões e iniciam uma nova genealogia de Apóstolos, Bispos e Sacerdotes, independente de qualquer unção ou consagração neste mundo.
Muitos se preocupam com aspectos exteriores e formais da tradição religiosa ou espiritual. A genealogia e a tradição de uma religião (ou escola) são importantes… Mas, em toda a história, sempre que apareceu no mundo um criador ou fundador de uma nova religião, sofreu rechaços violentos, perseguições, discriminações e até mesmo morte.
Uma das maiores acusações que sempre se fez é a de ‘falsa religião’ ou ‘religião adulterada’; modernamente se fala de ‘plágio’, ‘cópia’, ‘reprodução’, dentre outras.
Algo que poucos se dão conta é que os criadores de religiões autênticas são os Enviados do Alto, os Avatares, as vivas encarnações do Cristo ou do Buddha. Jesus foi perseguido e incompreendido pelos judeus do seu tempo (e acabou morto). O mesmo ocorreu com Buddha, Hermes, Abraão, Krishna, Moisés, Akenaton, Zoroastro, Lao-Tzé, Confúcio e dezenas, centenas ou milhares de outros, sem esquecer mulheres como En-Hedu-ana, da cidade de Ur, tida como a primeira mulher na história a ter e exercer a função de Alta Sacerdotisa (época anterior a 2000 a.C.), e a última delas, Helena Petrovna Blavatsky.
Modernamente, quando lá pelo final da década dos anos de 1940, apareceu na Colômbia o Jovem Mestre Aun Weor (Jóvis Patar Aun Weor) nenhuma ordem, escola, igreja ou templo espiritualista, esotérico ou tradicional lhe ofereceu apoio. Pelo contrário, moveram céus e terras até Aun Weor ser escorraçado e expulso do seu país pelos poderes constituídos deste mundo, pois, se não tivesse saído de sua pátria, teria sido assassinado a mando daqueles que de suas tribunas e púlpitos dizem fazer justiça e pregar o amor divino e a caridade.
No entanto, paradoxalmente, são esses rejeitados pelos conterrâneos e concidadãos os criadores e progenitores de novas religiões. Por exemplo, os modernos inimigos da gnose são atuais encarnações dos mesmos que sempre perseguiram os Profetas e Avatares no passado; até nossos dias seguem fazendo suas acusações, julgamentos, perseguições, calúnias e toda sorte de diatribes que a degenerada mente humana pode engendar desde suas profundidades infernais.
Que Samael Aun Weor ainda não seja reconhecido mundialmente como progenitor de uma nova cultura, pensamento e linha espiritual, é fato. Que muitos o acusem de charlatão, plagiador, adulterador de doutrinas e inventor de falsa crença, tampouco pode ser negado. Nunca foi diferente na história; não seria agora, quando, justamente, estamos no mais profundo do abismo da ignorância.
Porém, não é nem será a ignorância geral de um povo, raça ou nação sobre realidades ontológicas e transcendentais, mesmo que insufladas pelos arautos e escribas de Mamon e do Anticristo, que definem ou definirão o falso do verdadeiro; inutilmente arremeterão contra a implacável e indestrutível muralha da inevitabilidade de um Destino definido desde o Alto. Pelo contrário, deste atual período histórico restará no futuro tão só pálida lembrança da existência de uma raça humana extremamente cruel, perversa, insensível e que só se deteve quando se destruiu a si mesma.
Samael Aun Weor é sim o Progenitor de uma Nova Igreja Gnóstica e do Movimento Gnóstico Cristão Universal. Ele veio a este mundo com esse propósito, para cumprir essa missão, acreditem ou não os atuais detentores de poderes eclesiásticos; deveriam aprender com os erros históricos… Sua missão foi cumprida e realizada, independentemente da ação dos traidores e falsos gnósticos que danificaram (e ainda danificam) em grande parte sua obra e seu legado. Quanto a esses, em dia e hora marcados prestarão contas à Lei Divina.
De nossa parte, temos que informar e afirmar que todo Avatar, Mensageiro ou Profeta enviado pelo Altíssimo recebe Poder e Graça para realizar seu trabalho, seja ele qual for. Em assim fazendo, torna-se cabeça de uma nova genealogia religiosa, espiritual, apostólica ou, como se diz atualmente, episcopal, neste mundo.
Samael Aun Weor pode não ter sido ungido por nenhum epíscopo deste mundo, mas, por haver encarnado o Cristo Vivo, por definição e atribuição natural, conquistou o Grau de Sacerdote Ungido diretamente por Deus dentro da Sagrada Ordem do Senhor Melkisedeq tendo recebido poder direto de ordenar e consagrar apóstolos, bispos e sacerdotes e assentar os fundamentos de uma Nova Igreja, qual seja, a Igreja Gnóstica Cristã Universal, a qual faz parte a Igreja Gnóstica do Brasil.
E hoje, tal como ocorreu nos tempos do Cristo Jesus, seus apóstolos se tornaram depois cabeças ou iniciadores de novas ecclesias ou comunidade religiosas, e cada um deles consagrou servidores e pregadores da Boa Nova, o Santo Evangelho do Cristo, dando início e prosseguimento às diferentes linhagens cristãs conhecidas atualmente no mundo.
Com a Igreja Gnóstica estabelecida por Samael Aun Weor não será diferente. No futuro, nos séculos vindouros, haverá milhares de templos e catedrais gnósticas edificadas em todos os continentes da Terra. E desses que hoje atacam, criticam e amaldiçoam essa Obra, no futuro, nem seus nomes serão lembrados.
Para um maior aprofundamento, recomendamos: Bases do Gnosticismo Aquariano

Heresia ou Ortodoxia?


Sou a voz do despertar na noite eterna” [Hino gnóstico]
O Gnosticismo, doutrina filosófico-religiosa dos gnósticos, é o ensinamento baseado na gnosis, termo grego que significa literalmente conhecimento. Obviamente, neste caso, trata-se do conhecimento sagrado (ou Sophia).
Durante muito tempo, foi encarado como uma heresia, uma simples seita do Cristianismo: primeiro teria existido o Cristianismo, com a sua teologia, e só depois teria surgido a heresia gnóstica. Von Hartman, um historiador alemão dos finais do séc. XIX, ainda considerava que os gnósticos, interpretando a doutrina cristã à luz da filosofia grega, distorceram aquela mensagem e propagandearam formas falsas do ensinamento cristão.
Com o desenvolvimento do estudo da História das Religiões, esta perspectiva foi abandonada, passando a ficar clara e assente a idéia de que o gnosticismo é um fenómeno basicamente pré-cristão e um movimento religioso independente. No início do século XX, Wilhelm Bousset declarou que “o gnosticismo é antes de mais nada um movimento pré-cristão com raízes em si mesmo. Deverá pois ser entendido (…) nos seus próprios termos e não como um rebento ou derivado da religião cristã“. [1].
Walter Bauer publicou em 1934 uma obra que reconhecia que “originalmente, certas manifestações da vida cristã que os autores da igreja denunciam como heresias, não tenham sido nada do género, sendo sim as únicas formas da nova religião; isto é, nessas regiões, elas eram simplesmente o cristianismo”. [2]
As descobertas em Nag-Hammadi – uma nova perspectiva 
Em 1945, um camponês encontrou, em Nag-Hammadi, uma pequena localidade no Alto Egipto, um grande pote de cerâmica contendo 13 livros de papiro encadernados em couro. No total foram descobertos 52 textos. Após longas investigações, os estudiosos chegaram à conclusão de que os papiros tinham cerca de 1500 anos e eram traduções em copta de manuscritos ainda mais antigos. As datas dos textos originais estão estimadas entre os anos 50 e 180 da nossa Era. Pensa-se que os manuscritos foram enterrados por volta do século IV, quando, na época da conversão do Imperador Constantino, os bispos católicos passaram ao poder e desencadearam uma campanha, por vezes muito violenta e inescrupulosa, contra as chamadas heresias. [3]
A descoberta destes textos iniciou uma era de pesquisa completamente nova, iluminando as raízes e os primórdios do Cristianismo, que diferem da versão que o poder vigente quis fazer vingar. A maior parte desta literatura é distintamente cristã; porém, alguns textos aproximam-se da tradição judaica e outros das tradições hindu e budista. No conjunto, tais escrituras apontam para a idéia de que os gnósticos foram dos primeiros e dos verdadeiros cristãos, encontrando-se entre aqueles que melhor compreenderam a mensagem mais profunda do Senhor. Tendo em conta a importância dos Essénios e grupos semelhantes na formação do Cristianismo Primitivo, importa referir que Helena Blavatsky, no Vol. III da sua obra “Ísis sem Véu”, sugere que os gnósticos seriam os essénios: quando estes últimos desapareceram, os gnósticos surgiram e afirmaram a sua doutrina.
Assim, o Gnosticismo deverá ser entendido como um penetrar na face oculta do Cristianismo, compreendendo, não só mas também, os ensinamentos destinados àqueles espiritualmente amadurecidos e capazes de penetrarem nos Mistérios. Num dos seus mais maravilhosos livros, o “Cristianismo Esotérico”, Annie Besant declara que, tal como todas as tradições religiosas, o Cristianismo tem um lado secreto destinado apenas a alguns, pois “as religiões são dadas ao mundo por homens mais sábios que as massas que as recebem. São destinadas a acelerar a evolução humana, e a sua acção, para ser efectiva, deve atingir e influenciar individualmente os homens. Ora, nem todos os homens alcançaram o mesmo grau de evolução (…). É, portanto, inútil querer dar a todos o mesmo ensinamento religioso(…). A religião deve ser graduada como a própria evolução, senão jamais atingirá o seu fim”.
As próprias palavras do Mestre são claras e explícitas: “E quando se achou só, os que estavam junto dele com os doze apóstolos o interrogaram acerca do sentido desta parábola. Ele disse-lhes: “A vós é dado a conhecer os mistérios do reino de Deus mas, para os que estão de fora, todas estas coisas se dizem por parábolas”. “Assim, lhes anunciava a palavra por muitas parábolas semelhantes, conforme os que eram capazes de ouvir. Ele não lhes falava senão por parábolas, mas quando estava em particular, explicava tudo aos seus discípulos”. [4]
Alguns dos próprios padres da Igreja haviam eles mesmo reconhecido a existência de uma doutrina oculta. São Clemente de Alexandria escreveu que “o Senhor permitiu que participassem desses Mistérios divinos os que fossem capazes de recebê-los. Certamente Ele não revelou aos muitos o que aos muitos não pertencia, mas sim aos poucos a quem sabia que pertenciam, os que eram capazes de recebê-los e de serem moldados de acordo com eles“. [5]
Assim, enquanto os ortodoxos dependiam exclusivamente dos ensinamentos públicos e exotéricos que Cristo e os Apóstolos proporcionavam a muitos, a maior parte dos cristãos gnósticos possuíam o seu conhecimento secreto, conhecido somente por poucos. Note-se que os gnósticos aqui retratados não se referem a nenhum dos modernos movimentos autodenominados gnósticos mas, sim, a homens profundamente sábios como Valentim, Basílides, Marcion e Simão, o Mago, entre outros.
Gnosis – autoconhecimento como conhecimento do Divino 
gnosis é o conhecimento espiritual e sagrado, correspondente à Gupta-vidyâ dos hindus, a visão com os olhos da alma ou percepção espiritual, e só pode ser alcançado através da Iniciação nos Mistérios Espirituais. [6] Para os gnósticos, a gnosis é (era) essencialmente um processo de autoconhecimento como conhecimento de Deus. Abandonai a busca de Deus e da criação e demais questões de índole semelhante. Procurai-O tomando-vos a vós próprios como ponto de partida. Aprendei quem é que, dentro de vós, faz seu tudo quanto há e diz: “Meu Deus, minha razão, meu pensamento, minha alma, meu corpo”. Aprendei as fontes da tristeza, da alegria, do amor, do ódio (…) Se investigardes cuidadosamente estas questões, descobrireis Deus em vós próprios. [7]
O homem que se conhece a si próprio, ao mais profundo nível, conhece simultaneamente Deus e, para o fazer, “Batei à porta que sois e caminhai sobre a estrada recta que sois. Pois se caminhardes pela estrada, impossível será que vos extravieis (…) Abri a porta por vós mesmos, de forma a poderdes ficar a conhecê-la (…) Tudo aquilo que abrirdes por vós próprios, abrireis efectivamente”. [8]
Entretanto, a idéia, explicitada por Annie Besant na “Sabedoria dos Upanishads”, de que a Natureza do Espírito Universal também se encontra em nós mesmos, de que o Atman ou Eu mais interno, que é (uno com) Brahman conhece a manifestação externa de Brahman, contribui para a compreensão do Reino de Deus referido no Evangelho de Tomé. Tal como o Espírito Universal se encontra em nós e fora de nós, é possível conhecer o Reino de Deus dentro de nós, através do autoconhecimento, e fora de nós, através do conhecimento das leis que regem o Cosmos, sendo estas o Pensamento Divino encarnado. (…) De facto, o reino encontra-se dentro de vós, e ele encontra-se fora de vós. Quando chegardes a conhecer-vos, sereis então conhecidos, e percebereis que sois os filhos do Pai vivo. [9]
Nesta viagem de autodescoberta a mente é o nosso guia fiel e a razão o nosso mestre: (…) trazei o vosso guia e o vosso mestre. A mente é o guia, mas o mestre é a razão. Vivei de acordo com a vossa mente (…) Adquiri força, pois a mente é forte (…) Iluminai a vossa mente (…) Acendei a lâmpada que tendes dentro de vós. [10]
A Ressurreição como Iniciação 
A Ressurreição de Cristo não era interpretada de uma forma literal mas sim simbólica. Ela simbolizava a forma como era possível experimentar a presença de Cristo a um nível espiritual; ela é o momento da iluminação, o momento em que se alcança a gnosis. Sobre este assunto, o Tratado sobre a Ressurreição, diz: Não suponham que a ressurreição é uma aparição. (…) Em vez disso deveríamos era sustentar que é o mundo que constitui uma aparição e não a ressurreição. Ela é a revelação daquilo que em verdade existe e uma migração para a novidade. [11]
O autor deste texto considera a existência humana normal como morte espiritual e que, através da Ressurreição, o homem se torna espiritualmente vivo. No “Evangelho de Filipe” encontramos presente a mesma ideia: Tu viste o Espírito, tu tornaste-te Espírito. Tu viste Cristo, tu tornaste-te Cristo. Tu viste o Pai, tu tornas-te-ás Pai… [12]
“Para os cristãos dos primeiros séculos, Cristo era o símbolo vivo da própria divindade neles, o fruto glorioso do gérmen que eles traziam no próprio coração. A doutrina do Cristianismo Esotérico não era a salvação por um Cristo exterior, mas a glorificação e a perfeição de todos no Cristo interior”. [13]
O Cosmo 
Tal como a tradição hindu, a filosofia gnóstica assenta na concepção de um Deus Absoluto, a Divindade Suprema, Transcendente a todo o universo manifestado. Este Deus é: O único Senhor e Deus (…) Pois ele não foi gerado (…) Por conseguinte, na devida acepção, o único Pai e Deus é aquele que não foi gerado por ninguém. [14]
A Raiz do Todo, o Inefável que reside na Mónada. Ele reside sozinho em silêncio (…) visto que, afinal, ele era uma Mónada, e ninguém existiu antes dele. [15]
No “Livro de Melquisedec”, do Evangelho do Mar Morto, é-nos dada uma magnífica descrição do Deus Imanifestado: Antes que existisse uma estrela a brilhar, antes que houvesse anjos a cantar, já havia um céu, o lar do Eterno, o único Deus. Perfeito em Sabedoria, Amor e Glória, viveu o Eterno uma eternidade, antes de concretizar o Seu lindo sonho, a criação do Universo. Os incontáveis seres que compõem a criação foram, todos, idealizados com muito carinho. Desde o íntimo átomo às gigantescas galáxias, tudo mereceu a Sua suprema atenção.
Valentim, um dos mais sábios entre os gnósticos, começa a sua exposição filosófica com a premissa de que Deus é essencialmente indescritível: nada pode ser dito acerca da Seidade pois o próprio conceito está muito para além da nossa compreensão. No entanto, ele sugere que o Divino pode ser considerado como uma díade “consistindo, por um lado, no Inefável, a Profundeza, o Pai Primordial; e, por outro lado, na Graça, o Silêncio, o Ventre e Mãe-de-Tudo”. A mesma ideia pode ser encontrada num dos textos mais recentemente encontrados, “O Protenóia Trimórfico” (literalmente, o “Pensamento Primordial Triplamente Formado”): Eu sou Protenóia, o Pensamento que reside na Luz (…) Ela que existe antes do Todo. (…) Eu sou percepção e conhecimento, e profiro uma Voz através do Pensamento. [16] Eu sou andrógino. Eu sou tanto Mãe como Pai, já que copulo comigo mesmo (…) Eu sou o Ventre que dá forma ao Todo. [17]
Na Grande Anunciação, a origem do Universo é explicada da seguinte forma: Do poder do Silêncio surgiu um grande poder, a mente do Universo, que gere todas as coisas, e é um macho (…) o outro é uma grande Inteligência (…) é uma fêmea que produz todas as coisas. [18]
Helena Blavatsky, descrevendo a filosofia de Basílides, outro grande sábio gnóstico, diz-nos que ele afirmava que o “Pai desconhecido, Eterno e Incriado, deu nascimento em primeiro lugar ao Nous, à Mente. Esta emanou de si mesma o Logos. O Logos ( o “Verbo” de João) emanou por sua vez as Phronêsis, as Inteligências. Das Phronêsis nasceu Sophia, a sabedoria feminina, e Dynamis, a força. Tais foram os atributos personificados da misteriosa Divindade, o quintérnio gnóstico, que simboliza as cinco substâncias espirituais, mas intelígiveis, as virtudes pessoais ou os seres exteriores da Divindade desconhecida. Essa é uma idéia eminentemente cabalística; ela é ainda mais budista”. [19]
Através do estudo e da análise comparativa de todas as grandes tradições religiosas chegamos, necessariamente, à conclusão de que elas não são mais do que as vestes externas daquela que é a Religião Universal, a Sabedoria de “todos os tempos e lugares”. Mesmo neste artigo, tratando-se de uma pequena introdução, podemos verificar que as semelhanças do sistema filosófico-religioso gnóstico com as tradições hindu, budista e judaica são evidentes. Importa, então, mostrar ao mundo, doente e ferido pela sua própria ignorância, que a unidade de todas as religiões é um facto e que é possível que todas as nações da Terra (se) respeitem e vivam sob a mesma bandeira, a bandeira da Eterna Sabedoria.
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1. W. Bousset, Kyrios Christos; tradução inglesa, 1913
2. W. Bauer, Orthodoxy and Heresy in Earliest Christianity, 1971
3. Originalmente, uma heresia nada mais significava que um grupo; mas, gradualmente, o significado adicional prendeu-se à palavra e tornou-se o de um grupo que professava uma doutrina falsa.
4. S. Marc. IV, 10, 11, 33, 34; S. Mat. XIV, 11, 34, 36; S.Luc. VIII, 10
5. Stromata, Livro I, cap.28
6. H. Blavatsky, Glossário Teosófico
7. Hipólito, REF 8.15.1-2
8. Ensinamentos de Silvano 106.30-117.20, NHL
9. Evangelho de Tomé 32.19-33.5, NHL
10. Ensinamentos de Silvano , 85.24-106.14, NHL
11. Treatise on Resurrection 48.10-16, NHL
12. Evangelho de Filipe, 61.29-35, NHL
13. Annie Besant, O Cristianismo Esotérico
14. Tratado Tripartido, 51.24-25.6, NHL
15. Uma Exposição Valentina, 22.19-23, NHL
16. Protenóia Trimórfica 35.1-24, NHL
17. Protenóia Trimórfica 45.2-10, NHL
18. Hipólito, REF 6.18
19. Helena Blavatsky, Ísis sem Véu

segunda-feira, 5 de junho de 2017

A Verdadeira Igreja


Igreja (Ecclesia) originalmente significava assembléia ou reunião. Hoje, Igreja tem conotação de instituição religiosa. Para o futuro, as antigas “ecclesias” novamente assumirão o caráter de comunidades espirituais.
“Tu és Pedro e sobre essa pedra edificarei minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” Palavras do Cristo que inspiraram a Igreja de Roma a propagar ao mundo que “a sua” era a verdadeira igreja.
Porém, de acordo com um dos maiores doutores da própria Igreja de Roma, Santo Agostinho, até o século V da nossa era, essas palavras “Tu és Pedro …” não se referiam à pessoa humana do apóstolo, mas sim, à confissão que Pedro fizera da divindade de Jesus:
“Tu és o Cristo, filho do Deus Vivo”, declarou Pedro.
A confissão da divindade do Cristo, diz Agostinho, é a pedra fundamental da Igreja. O próprio Agostinho diz ainda que a pessoa de Pedro, chamada por Jesus de carne e sangue, não podia ser a pedra fundamental da igreja. Até mesmo porque, em outras passagens do evangelho, Jesus chama Pedro de Satanás, por ter pensamentos humanos, e não, divinos. Nesse caso, essa igreja seria uma igreja de Satanás e não do Cristo.
A pedra fundamental da Igreja é a divindade do Cristo. Esse foi o axioma sempre defendido pelos gnósticos dos primeiros séculos. Sabiam (sabem) os gnósticos, até hoje, que não existe, nem pode haver, verdadeira igreja fora do Cristo.
Detalhes como esse sempre foram motivos de terríveis discordâncias nos concílios do passado. Olhando esses tempos antigos e esses comportamentos, com os olhos da época atual, torna-se risível e terrivelmente patética toda essa situação.
Diz Samael Aun Weor: “A Igreja do Cristo não é deste mundo. Ele mesmo disse que “meu reino não é deste mundo”. No nome do Deus Vivo (o Cristo) há uma igreja, invisível aos olhos da carne, mas visível para os olhos da alma e do espírito. Esta é a Igreja Gnóstica primitiva, à qual pertencem o Cristo e os Profetas.
Essa igreja tem seus bispos, apóstolos, diáconos e sacerdotes, que oficiam no altar do Deus Vivo. O Patriarca dessa igreja invisível é Jesus, o Cristo. A essa igreja podem ir todos os cristãos em alma e em espírito [viagem astral]. Todos podem visitar a Santa Igreja Gnóstica. Às quintas-feiras e aos domingos, pela aurora, realizam-se as missas e as comunhões, e todos os cristãos podem assistir e receber a comunhão do pão e do vinho.
“… Na Igreja Gnóstica, vemos o Cristo sentado em seu trono, onde podemos conversar com ele pessoalmente”. (Do livro A Virgem do Carmo, cap. VIII, pág. 20 e 21).


Autor: Monsenhor Karl Bunn

Origens, História e Fundamentos da Igreja Gnóstica do Brasil

O começo da história recente da Igreja Gnóstica na tradição de Samael Aun Weor deve ser buscada nos Decretos Patriarcais e na Ata Constitutiva redigida no dia 2 de setembro de 1975, no México, e registrada em San Cristóbal, Venezuela, no dia 22 de outubro de 1975. Este documento foi criado especificamente para servir de base e fundamento para a constituição legal e jurídica da primeira e mais antiga Igreja Gnóstica Cristã Universal que teve e continua tendo sua sede na Venezuela. Seu primeiro Vigário Geral, nomeado diretamente pelo Venerável Mestre Samael Aun Weor, foi o digníssimo Monsenhor Jesus Manuel Perez Perez (já falecido).
Depois de aproximadamente dezoito meses desse fato original, a Igreja Gnóstica também foi estabelecida jurídica e legalmente na Colômbia, tendo como seu primeiro Vigário Geral o Digníssimo Monsenhor Julio Medina Vizcaino (V. M. Gargha Kuichines). Mas é da Igreja Gnóstica da Venezuela que a Igreja Gnóstica do Brasil recebeu os princípios, a tradição e a sucessão episcopal, uma vez que o primeiro e atual Vigário Geral da Igreja Gnóstica do Brasil foi consagrado e ungido como tal pelo terceiro e atual Vigário Geral da Igreja Gnóstica da Venezuela, Digníssimo Monsenhor Carlos Mora Contreras, o qual, por sua vez, foi ungido diretamente por Samael Aun Weor na década de 1970 (1976), no México.
Tudo isso é fato documentado e não há como ser refutado ou negado digam o que quiserem dizer, alegar ou inventar os inimigos da gnose, declarados ou ocultos, quer em nosso país quer em qualquer outro. Portanto, é a partir desses primeiros e originais fatos históricos que a Igreja Gnóstica do Brasil recebeu e passou a ter sua própria Tradição e sua própria Sucessão Apostólica e Episcopal, com origem direta no Patriarca Fundador, Venerável Mestre Samael Aun Weor.
Porém, há muitos e importantes antecedentes ligados à criação da Igreja Gnóstica por Samael. Sem detalhar muito esses antecedentes, de acordo com relatos, textos, livros e vasta documentação acessível ao púbico pela internet, o fato essencial é que as raízes da igreja gnóstica, aqui na América Latina, remontam ao início do século XX (ano de 1910, mais exatamente), quando o médico alemão, Dr. Arnold Krumm-Heller, chegou ao México (onde se tornou, depois, coronel-médico do exército), procedente da Alemanha.
É por demais sabido, nos círculos esotéricos e espirituais latino-americanos, que Krumm-Heller era o Patriarca da Igreja Gnóstica da Europa para a América Latina, além de ser membro de mais de 20 instituições esotéricas e espirituais do seu tempo, localizadas em diferentes países do mundo (de acordo com suas próprias palavras).
Ocorre que Samael foi discípulo ou membro estudante e partícipe da Fraternidade Rosa Cruz Antiqua, fundada por Krumm-Heller (Mestre Huiracocha), nos anos de 1940, e ali recebeu os ensinamentos básicos que o levaram, mais tarde, a criar o Movimento Gnóstico (década de 1950, Colômbia) e a própria Igreja Gnóstica (década de 1970, México).
O distanciamento ou separação de Samael com a organização do seu Mestre, conhecida como Rosa-Cruz Antiqua, não aconteceu de forma conflituosa. Deu-se de forma natural, pela morte ou desencarne de Krumm-Heller, em 1948. Portanto, ainda que não haja nem tenha havido uma ligação formal, jurídica ou de sucessão episcopal entre a Igreja Gnóstica de Krumm-Heller (V.M. Huiracocha) e o Movimento Gnóstico de Samael, não há como esconder o fato de que o Movimento Gnóstico de Samael Aun Weor sucedeu o trabalho e a própria Igreja Gnóstica de Huiracocha, ainda que essa continue ativa em alguns países.
A demonstração mais inequívoca disso são os ritos internos utilizados pelas instituições gnósticas criadas por Samael. Eles foram trazidos da Europa por Krumm-Heller. Além disso, nas primeiras obras de Samael, é muito forte a inspiração dos ensinamentos dados pelo Mestre Huiracocha antes de desencarnar. Basta ler os primeiros livros de Samael Aun Weor para se perceber esse traço marcante. Todavia, isso não quer dizer que Samael não os tenha concebido por si mesmo. Porém, todo discípulo, antes de se tornar mestre, traz consigo a marca do seu Iniciador.
Qualquer apreciação ou exame do Movimento Gnóstico e da Igreja Gnóstica de Samael Aun Weor fora desse contexto resultará em falsas conclusões e verdades parciais e tendenciosas. A história e os fatos apontam o surgimento da gnose em terras americanas no início do século, tendo inclusive, surgido antes na América Latina que na América do Norte (onde um ramo, também oriundo da Europa, se estabeleceu em 1928, e segue ativo até nossos dias).
Para maiores informações Clique Aqui A Igreja Gnóstica – Podcast Abragnose 65